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Vila Real: Para lá do Marão mandam os que lá estão!

A Região

2020-05-15

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Quem vier a Vila Real, à «descoberta de Portugal», vai surpreender-se com a sua história, o seu rico património artístico, a beleza das paisagens naturais e a irresistível gastronomia. Entre montanhas e cascatas, deliciosos pratos confecionados em barros negros e monumentos de cortar a respiração (como o Palácio de Mateus), não vão faltar motivos para querer regressar!

Em Trás-os-Montes é velho o ditado de que “para cá do Marão mandam os que cá estão”, e terá sido nesta linha de pensamento que se desenvolveu toda uma cultura local. Com a inauguração, em 2016, do fantástico Túnel do Marão, com os seus 5 825 m de comprimento –  o mais longo túnel rodoviário de Portugal e o 3.º mais longo da Península Ibérica -, este aforismo perdeu sentido. Ou seja, Vila Real, Chaves e outras cidades transmontanas deixaram de estar isoladas e a longas horas de viagem do Porto ou Lisboa. Esta grande obra de engenharia é um marco de referência e teve um enorme impacto na vida das populações locais, pois aproximou esta região do litoral e trouxe dinamismo para as cidades além Marão.

 

A cidade de Vila Real, capital de distrito, situada sobre uma garganta aberta pelos rios Cabril e Corgo e emoldurada por uma fascinante paisagem natural, contempla permanentemente as contíguas serras do Marão e do Parque Natural do Alvão. Como cruzamento de vias de comunicação do Alto Douro, é um excelente ponto de partida para a exploração do Vale do Douro, Património da Humanidade.

 

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O património local é bastante rico e a cidade prestigiou-se, a partir de 1986, quando nela se instituiu a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. A presença de uma importante população estudantil trouxe a Vila Real bastante animação. A cidade é também palco do Circuito Internacional Automobilístico de Vila Real que aqui congrega o mundo desportivo da velocidade e dos carros de corrida.

 

O valioso património cultural de Vila Real

D. Afonso III criou Vila Real por foral de 1272. No entanto, foi o rei D. Dinis (o verdadeiro povoador e construtor da região transmontana), quem instituiu Vila Real de Panóias. Urbe com mais de 700 anos de existência, não surpreende a beleza dos seus monumentos e das suas ruas cheias de história, cor e tradições. Perto da comercial e animada Avenida Carvalho Araújo, encontramos a Sé de Vila Real, do século XV. Esta bela catedral gótica foi originalmente a igreja de um mosteiro dominicano. Em 1922, após a elevação de Vila Real a diocese pelo Papa Pio XI, a igreja passaria a ser Sé Catedral. 

 

Na extremidade sul da avenida, pode ver-se uma casa do século XV que, segundo a tradição, é o local de nascimento de Diogo Cão, o navegador português que descobriu a foz do rio Zaire em 1482.

 

Ali perto, a Igreja dos Clérigos, conhecida por Capela Nova, apresenta uma agradável fachada barroca atribuída a Nicolau Nasoni e um interior com magníficos azulejos azuis e brancos.

 

 

No centro histórico da cidade, sobressai também a bela e muito antiga Capela de S. Brás, declarada Monumento Nacional, dos primórdios da fundação de Vila Real, onde se encontra o tumulo do Espadeiro, companheiro de armas de D. Afonso Henriques.

 

Tradições de Vila Real: o “Pito e a Gancha”, os Barros Negros e uma Mesa Farta

Vila Real é palco de uma festividade anual, em fevereiro, em homenagem a S. Brás. Aí se podem comprar, junto à Capela, as famosas “Ganchas”, um doce tradicional que se vende nas muitas barraquinhas instaladas para a ocasião. Manda a tradição que, depois de receberem o Pito - um doce local recheado de abóbora - oferecido pelas raparigas no dia de Santa Luzia, os rapazes retribuam, oferecendo a Gancha no dia de São Brás.

 

São também bastante interessantes o artesanato e a gastronomia de Vila Real. No que concerne ao artesanato, são de referir os barros negros de Bisalhães, de extraordinária arte popular e classificados pela UNESCO como Património Cultural da Humanidade. A cor resulta do tipo de cozedura, pois faz-se dentro de um buraco na terra. Estes são vendidos na tradicional Feira de S. Pedro, anualmente realizada em Vila Real de 27 a 29 de junho.

 

 

Note-se que a cozinha transmontana é muito valorizada com estes barros típicos, ficando primoroso o arroz no forno e outros cozinhados, quando neles utilizados. Aliás, tanto a gastronomia de Vila Real, os corpulentos vinhos da sua adega cooperativa e o mundialmente famoso Mateus Rosé, são virtudes da melhor mesa, sobretudo quando se fala no cabrito assado, nos enchidos e fumados, nas tripas aos molhos e no excelente bacalhau à Espadeiro. 

 

Já a deliciosa doçaria tradicional goza de grande e justificada fama e, por si só, vale uma viagem: os pastéis de toucinho do céu, os covilhetes (pastéis de carne), os Pitos de Santa Luzia, as Ganchas de S. Brás e as cristas de galo são disso exemplo.

 

 

Ao ar livre

Vila Real soube sabiamente transformar parte da zona à beira do rio Corgo num passeio ajardinado ribeirinho, muito frequentado pelos desportistas ou, simplesmente, por todos aqueles que desejam passear e apanhar ar puro. Se procura um local de refúgio aos dias quentes de Verão, aventure-se nos trilhos de Lamas d’Olo, um povoado de montanha, onde poderá encontrar uma cascata deslumbrante, as Fisgas do Ermelo, uma das grandes atrações do Parque Natural do Alvão. As Fisgas de Ermelo, uma das maiores quedas de água da Península Ibérica, são pequenas lagoas de água límpida e fresca escavadas na rocha pelo rio Olo cujo cenário não vai esquecer!

 

 

Sé é amante de desportos ao ar livre, desfrute de todos os passeios a pé ou de bicicleta que pode fazer na área do Parque Natural do Alvão, como também pode iniciar-se no rafting ou canoagem no rio Tâmega.

 

Nos arredores de Vila Real

À volta de Vila Real, o Santuário Rupestre de Panóias e a Casa de Mateus são pontos obrigatórios de visita. O Santuário Rupestre de Panóias é um dos mais importantes do género na Península Ibérica e remonta ao período romano. São visíveis ainda inscrições romanas que revelam que o local foi palco de rituais e sacrifícios em honra dos deuses, bem como covas escavadas no granito onde, aparentemente, escorria o sangue dos animais sacrificados. 

 

Já o esplêndido Solar de Mateus, a 2 km de Vila Real e que surge nos rótulos do Mateus Rosé, é um dos palácios mais bonitos do país, tanto pela construção como pelos belíssimos jardins que o rodeiam. É um notável exemplo do esplendor da arquitetura barroca em Portugal e foi construído no século XVIII por Nicolau Nasoni – autor da Torre dos Clérigos no Porto -, a pedido de António José Mourão, cujos descendentes ainda vivem na Casa. O Palácio foi declarado Monumento Nacional e foi concebido com o propósito de criar uma série de vistas e de imagens refletidas. O tanque de água da entrada manteve este espírito de harmoniosa repetição, refletindo a fachada principal do solar. Duas das salas do palácio foram adaptadas a museu. Numa, há 2000 pergaminhos e cartas régias, entre as quais uma edição única de “Os Lusíadas”, de 1817. Nos jardins, destaca-se o Jardim das Camélias e o célebre Túnel de Cedros, cuja folhagem permite aromáticos passeios no Verão. A Fundação da Casa de Mateus foi criada em 1970, desenvolvendo regularmente atividades culturais.

 

 

Desfrute de uma interessantíssima visita guiada ao Palácio de Mateus no cruzeiro Segredos do Douro e Tâmega e perca-se na beleza dos seus jardins!

 

Como podemos ver, Vila Real apresente curiosos e originais aspetos paisagísticos, artísticos, históricos e gastronómicos. Contacte-nos e venha conhecer esta cidade tão distinta.

 

 

Tânia Nogueira

Publicado por:

Tânia Nogueira

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